terça-feira, 9 de dezembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

Campanha contra a dengue

Certo dia ouvi um carro de som passando na rua. Ele convocava toda a população para limparem os seus pátios e jogarem todo o entulho na rua (não na calçada.) Achei muito esquisito. Mas diziam ser uma medida contra a dengue.
Algumas horas depois saímos para caminhar e tinha de tudo na rua. Eu nunca tinha imaginado que as pessoas tem tanta lixo entulhado nos seus quintais, atrás dos muros altos.
No dia seguinte chegaram as máquinas e muitos trabalhadores. Levaram tudo. As ruas ficaram limpas, como nós ainda não tínhamos visto por aqui. Aí foi gostoso sair para caminhar. E de fato, reduziu o número de carapanãs (mosquitos). Nas semanas seguintes, o governo publicou uma nota no jornal, agradecendo pela colaboração da população e também já anunciando a queda dos casos de dengue.

Carregamos de tudo

Esta geladeira passou vários meses na garagem aqui em casa. Um dia a trouxeram e disseram que seria levada de avião, não sei pra onde. OK. Tem tantas coisas chegando e saindo, que nem parei para perguntar pelos detalhes. Mas chegou o dia em que vieram buscá-la. Na foto, da esquerda para direita, Sergião (Palavra da Vida - Atibaia), Márcio (piloto em Asas) e dois rapazes do PV, que vieram ajudar por duas semanas na aldéia, para onde a geladeira foi levada.

Na aldeia não tem energia elétrica, então a geladeira é a gás. E é claro, não podiam esquecer os butijões de gás. o Sergio e a Márcia ficaram na aldeia por 3 meses (Mapuera - PA, se não me engano!). Eles são missionários e professores - pessoas usadas por Deus.

Culto evangelístico

Em junho tivemos um culto evangelístico na igeja. Convidamos amigos e vizinhos para uma festa caipira. Antes de começar - os últimos retoques. Quase todos estavam a caráter. Aí os últimos retoques antes de a festa começar.
O pastor Anderson iniciou o culto contando várias piadas. Alguns jovens apresentaram um teatro e cantamos de forma bem animada. O pastor pregou sobre o filho pródigo e convidou para mudança de vida.
Para nós foi um tanto estranho, mas entramos na brincadeira. As pessoas ao redor da igreja gostam muito desse tipo de festa. A igreja estava cheia. E várias pessoas começaram a freqüentar regularmente os encontros e aos poucos estão entendendo este convite de seguir a Jesus.

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O rio subiu mais de 28 metros

Em maio deste ano o rio estava no seu ponto mais alto. Estas fotos foram tirada do hangar de Asas, olhando para o lago (assim chamado, mas que tem ligação com o Rio Amazonas). Observe como os aviões e barcos estão próximos. Veja também o outro lado do lago.
Em novembro de 2007 o rio alcançou o ponto mais baixo, desta temporada. O rio suboi mais de 28 metros. As fotos foram tiradas do mesmo lugar.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Pior é que é a verdade

Essa charge estava na Acrítica (jornal de Manaus) no domingo, dia 22 de junho de 2008. A cidade de Manaus tem igarapés (pequenos "rios") em todos os lugares. É inviável fazer pontes para unir todas as ruas. Por isso, há muuuuuuuuuitas ruas sem saída. O mapa de Manaus é bem parecido com o da charge.
Esses dias, no caminho para o trabalho, o Victor e os outros que estavam no carro viram um outro carro, que havia caído em um burado durante a noite. Um pedaço do telhado ainda estava acima do nível da rua. Por isso, ficamos muito felizes quando tem cones indicando os buracos. E graças a Deus, nosso carro ainda está inteiro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Pescaria no Dia do Trabalho

No feriado fizemos um passeio muito especial. Fomos pescar com o pastor Bennie.
Antes do vôo é feita uma inspeção. Aqui está sendo tirada a água dos flutuadores.
Esta é a vista das fazendas. Elas ficam na beira do rio. Este ano a chuva está perdurando muito e o rio ainda não parou de subir.
Victor teve a oportunidade de pilotar o avião no qual trabalhou semanas. Ele ficou radiante!!
Pastor Bennie está dando as instruções.
A vista é linda! Observe este rio. É assim que a maioria deles são. Por isso, a viagem de barco demora tanto.
Um pouco adiante é mata fechada.
Pousamos e desenbarcamos no flutuante (casa sobre o rio).
Este é o interior da casa. Esta casa é do pastor Bennie - por isso tem tanta coisa. Normalmente as casas não tem quase nada.
A corda pendurada no meio da foto é para armar a rede ("cama").
Aqui estou recebendo algumas instruções de pesca. Veja a isca - é um chumasso de pelos coloridos. Quando se puxa a vara, parece um peixinho colorido nadando.
E lá vamos nós!
Este é o pastor Bennie. Ele ama pescar. Mas mais impressionante que a quantidade de peixes que ele pega, é o dom que ele tem para ser pescador de homens.
Uma das coisas que nos marcou durante o passeio:
O S. Manoel, um senhor de 60 anos, conduziu a rabeta na qual pescamos. Ele passou o tempo todo (horas) com uma das mãos segurando o motor, para direcionar o barco. Sua habilidade é incrível. A trepidação do barco, fazia com que o remo, que estava encostado na lateral, se deslocasse para debaixo do motor. Por isso, a cada alguns minutos, ele empurrava o remo devolta. O Victor ao observar a cena, pensou: isso pode estragar o motor, eu já teria feito um engate para deixar o remo preso. Mas em seguida começou a se questionar. O S. Manouel conduz rabetas praticamente desde que nasceu. Na sua vida já deve ter empurrado o remo milhares de vezes. Ele sabe o que estraga o seu motor. Pra ele tá louco de bom desse jeito. Então, por que mudar?
Um dia vou encontrar o S. Manoel no céu.
Você consegue identificar até onde vai a água?
Nos deliciamos com a paisagem.

Isso foi tudo que eu consegui pescar - um girino!!!!! O rio está muito cheio. Aí os peixes tem muito o que comer e ficam diluídos.

Fiz amizade com essa turma. Eles estão na casa de farinha, descascando mandioca. Depois ela passa uma noite na água, é triturada e secada. Assim, vira a típica farinha (o que no sul se chama de farofa). Farinha é a base das refeições da maioria das pessoas por aqui. Temos estranhado o tipo da farinha. Ela é muito grossa e dura. Se você morder com força, quebra os dentes.
Quando pousamos, já devolta em Manaus, vimos esta carga sobre a rabeta - dois carrinhos de mão, cheios de cimento. Carrega-se de tudo!
Na beira do rio, esta cena é comum - as toras são retiradas da água e transformadas em táboas, com uma motocerra. Você se habilita? Eu não!!!!
Chegamos em casa, cansados, mas felizes pelo tempo com o pastor Bennie.
Quer comer tucunaré conosco? Ainda está no freezer. :-)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Assembléia de Asas

Quando eu era criança, achava que a função das instituições era fazer reuniões. Tudo girava em torno de pesosas se encontrarem para conversar sobre muitos assuntos. Com o passar dos anos, fui descobrindo que na realidade nas reuniões se fala do que aconteceu, se planeja para o futuro e são escolhidas as pessoas que assumirão a liderança.
Esse também foi o caso das reuniões que tivemos em Asas nos dias 11 e 12 de abril. As reuniões ocorreram na sede, em Anápolis (GO). Como é inviável irmos todos até lá, nós das bases de Belém, Boa Vista e Manaus, acompanhamos pelo skype. Na foto acima estamos esperando a conexão melhorar. E na realidade foi isso que mais fizemos. Foi bem frustrante. Era como se todos fossem gagos, com sérios problemas de dicção. Mas pudemos ler os relatórios que nos foram enviados por email e enviamos os nossos votos para as eleições da liderança. O presidente da missão continua o Pr. Rocindes José Corrêa. Como vice foi eleito Milton Wesley de Souza. Os diretores nas diversas áreas são: Wilson Kannenberg, Denis Engelhardt, Ester Camilo Alves, Luce Janes Johnson, Rute Dauaidar e Wander Dias. Desejamos que Deus dê muita sabedoria para o ano de trabalho.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Formigueiro

Algumas semanas atrás começamos a ajudar na classe da Escola Bíblica Dominical dos pré-adolescentes (10-11 anos), na Igreja que freqüentamos (Batista da Grande Circular). Trabalhamos junto com um outro casal de professores - Fernando e Rosi.
Aí estão nossos pré-adolescentes:
Na primeira fila, da esquerda para direita: Lucas, Raylane, Vitória, Thales e Samuel.
Segunda fila: Gleiciane, Leslie, Maria Paula, Paula e Letícia.
Terceira fila: Ethienne, Gabriel, Gleyson e Rayan.
Atrás é a Tia Rosi.
No último domingo (06/04) o Victor deu a lição (O Plano de Deus). Ele desenhou um formigueiro no quadro e perguntou como uma pessoa poderia ajudar as formigas a concertar o formigueiro, depois que alguém o destruiu. Chegamos a conclusão que isso não é possível. Mas se essa pessoa pudesse virar formiga, poderia ajudar.
Para que Deus pudesse arrumar os problemas (pecado) das pessoas, ele precisou se tornar pessoa. Jesus veio para viver como pessoa e para nos trazer a solução para os nossos pecados.

Depois da lição, fizemos vários formigueiros, formigas e pessoas de jornal. Foi divertido e aparentemente a lição foi entendida.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Você já teve dengue?

Eu acabei de ter a primeira dengue. Agora só posso ter mais 3 vezes!!!!! Há 4 tipos de dengue e estou imune a uma delas.
Dia 12 de março amanheci com febre (Dia 1 da dengue).
A noite fui ao pronto socorro - me receitaram antibiótico!!!!!
Dia 4 da dengue eu estava muito mal, fraca, prostrada, vomitando... Voltamos ao pronto socorro. No exame de sangue minhas plaquetas estavam em 57.000 (normal 150.000 a 450.000). Fui internada.
Na manhã seguinte amanheci vermelha - com petéquias no rosco e nos braços - isso confirmou o diagnóstico de dengue. Eu já estava desconfiada desde o primeiro dia, mas nunca tive dengue antes! Por causa da quantidade baixa de plaquetas (nessa manhã chegou a 40.000), o sangue aparecia por baixo da pele, causando as manchas. Veja meu rosto.

Dia 6 da dengue me transferiram para um belo hospital - esta foi minha suíte particular!
Foto - dia 8 da dengue. As petéquias chegaram nas pernas e pés e o corpo todo começou a inchar. O baixo nível de albumina (uma proteína) no corpo desrregulou as passagens de líquidos e causou esse estrago.
Essa era a visão que eu tinha!!! As mãos ficaram tão inchadas e sensíveis, que eu tinha dificuldade em usar garfo e faca.
Agora, imagine tudo isso coçando. Coçou, sem parar, por 2 dias e meio. Essas noites eu quase não dormi. De madrugada, para aliviar um pouco a coceira na palma da mão, eu pegava na barra de ferro da cama.
Dia 11 da dengue - Páscoa - depois de 7 dias na minha suíte particular, tive alta do hospital. Mas só prometendo ao médico que eu faria repouso absoluto em casa.
Graças a Deus temos plano de saúde. A Unimed nos tratou muito bem.
Quinze dias depois dos primeiros sintomas essa era a situação das minhas mãos.
E alguns dias depois... foi a vez dos pés. Na foto já estão quase descascados. Esses foram alguns dos pedacinhos que tirei dos pés.No momento minhas penas estão descascando, mas é uma camada fina de pele. Eu ainda deveria postar uma foto atual de mim. Estou com uma aparência ótima, sem comparação com essas fotos. Outra hora.... o Victor acabou de chegar, quero dar atenção a ele.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Nosso carnaval

Um casal de amigos da igreja nos convidaram para passear no carnaval. Aceitamos o convite e no sábado às 4:30 da madruga, já estávamos esperando por eles. Como precisávamos fazer a travessia de balsa, era importante chegar cedo na fila. Na foto abaixo, estamos subindo na balsa (de ré). E como dá para ver, o sol já estava alto! Estávaos bem apreensivos, opis não fazíamos idéia de como seria o local para onde estávamos indo.
A travessia levou em torno de 1 hora. Descemos o Rio Negro e depois subioms um pouco o Rio Solimões. Veja abaixo o encontro das águas.
É incrível como a água do Rio Negro e do Rio Solimões ainda percorrem lado a lado, sem se misturar, por quilômetros. A água do Rio Negro parece coca-cola um pouco diluída.
Ao lado do "porto" onde atracamos para desembarque, havia esta oficina. As duas construções estão flutuando. Já pensou, se cair uma ferramenta?
Isso é o vilarejo de Careiro da Várzea, onde desembarcamos. Do outro lado tem uma feira, onde se vende de tudo. Paramos para comprar gelo, carne e farinha de mandioca. Eu fiquei esperando no carro (ligado e com ar condicionado), mas o Victor me contou depois, que o negócio era cruel. Uma completa falta de higiene.
Aí sim, pegamos a estrada - BR-319. Pela placa a BR leva até Porto Velho (até lá devem ser cerca de 900 km de estrada ruim). Mas nós andamos apenas uns 65 km, na direção de Autazes.
Chegamos ao nosso destino. A Fazenda Jardim do Eden, da D. Diomar. Na foto abaixo aparece a estrada e do lado direito fica a fazenda. A D. Diomar mora lá com a sua mãe, que todos chamam de mãezinha. Elas são mãe e avó de um outro casal da igreja, que ainda não conhecíamos. Nesses dias eles tinham ido lá, nós fomos, o casal que nos levou ainda levou seu filho e havia mais 2 famílias vizitando. Isso é algo bem típico - o povo vai chegando. Nós estranhamos bastante, mas é precioso ir convivendo com as pessoas.
Aqui novamente dá para ver a estrada, agora olhando do outro lado. Este é o igarapé que pertence à fazenda. A correnteza é forte, a água é transparente - dá para ver os pés, mas também parece coca-cola diluída. O banho é refrescante, pois o calor é diário.
Aqui eu estou entrando pela porta da cozinha.
Logo atrás da porta da cozinha fica a lista telefônica. Elas têm celular rural.
Quando acaba a lista, tem a porta do chuveiro. O pessoal da família tem estatura baixa - eu já não poderia tomar banho aí.... tomei banho no igarapé.
E mais um passo adiante fica a pia da cozinha. Esta é a D. Diomar. Nós já estávamos indo embora, mas ela queria que experimentássemos suco de abacaba. O aspecto é muito esquisito - roxo leitoso. O tempo todo ouvimos das doenças que se pega com frutas e água. Mas não podíamos negar, pois ela fez o suco com tanto carinho e nós estávamos curiosos para esperimentar. O gosto é muito bom. Lembra um pouco abacate, apesar da fruta não ter nenhuma semelhança.
A Mãezinha tem mais de 80 anos, mas muita disposição. Atualmente ela mora na casa da D. Diomar, para não ficar sozinha. Nós dormimos na varanda da casa dela e no interior havia este "altar". Elas são cristãs. Nos pareceu um cristianismo um pouco diferente do que nós conhecemos. Essa é uma questão que chamado a nossa atenção aqui em Manaus. Alguns valores cristãos são diferentes. Como somos novatos, como não conhecemos o suficiente da cultura e como o que fazemos muitas vezes parece estranho para eles, a nossa postura tem sido de observar e tentar fazer perguntas. Mas mesmo fazer perguntas não é fácil, temos ouvido respostas escancaradamente incoerentes, pois nos respondem o que acham que queremos ouvir. Esta é uma característica da cultura indígena - o compromisso dele não é com a verdade, mas com a resposta que o homem branco quer ouvir.
Este foi o nosso aposento. O Victor dormiu pela primeira vez na rede. Ele gostou!!! Claro que ainda prefere a cama. Passamos apenas uma noite lá, mas ela foi muito boa. Em casa praticamente sempre temos o ar codicionado ou o ventilador ligado. Mas a noite na rede foi completamente quieta, apenas alguns grilos e a temperatura nos obrigou a usar uma manta leve. Foi uma delícia.
Na volta para casa, paramos debaixo de uma castanheira. Observe bem a foto - o carro e o Victor aparecem na foto. Imagine quando cai uma bola cheia de castanhas do Pará.... sai de baixo!
E aqui estamos os dois ao lado do tronco da castanheira.
A experiência do interior foi muito rica culturalmente. Percebemos que esse tipo de convivência nos ajuda para conhecermos as regras inconscientes que regem a vida das pessoas. Isso nos ajuda a entender as pessoas. Vemos como elas resolvem os problemas daqui. Muitas vezes estas não seriam as estratégias que nós utilizaríamos. Mas cá entre nós, as nossas soluções não funcionam (risos).